30 setembro 2008

A Guerra das Rosas


O bloco parlamentar do PS está dividido na votação do casamento homossexual prevista para o dia 10 de Outubro. As notícias são animadoras: (i) o PCP vai votar a favor das propostas de lei do BE e dos Verdes; (ii) vários deputados do PSD vão votar a favor (contra a opinião retrógrada de Manuela Ferreira Leite) e (iii) mais importante: nenhum deputado do PS se manifestou contra o casamento homossexual e a grande maioria pensa votar SIM se obtiver liberdade de voto - o que não é de todo improvável. Só a liderança do PS se mostra contra, mas poderá travar o descontentamento da bancada socialista?? Esperar para ver. Se nem todos os deputados do PS votarem a favor bastam os deputados do PSD, PCP e BE para garantir a aprovação do diploma do BE. O que significa que vamos estar todos em expectativa até ao dia 10 de Outubro. E que a rosa parlamentar (aquela que independentemente de eleições segue o caminho da igualdade) ganhe!


O que se passa, a meu ver, é o seguinte:

(1) uma ala liberal do PSD (de Pedro Passos Coelho) quer-se distanciar de Manuela Ferreira Leite e trazer o PSD ao centro novamente;

(2) uma ala liberal do PS quer contrariar a ala centrista de Sócrates e os restantes deputados são a favor do SIM porque são a favor da igualdade;

(3) a CDU e o BE querem prejudicar o governo em ano de eleições;

(4) Os portugueses espertos, que sabem respeitar os outros, não se casem com pessoas do mesmo sexo, se essa não for sua vontade (e passam a fazer sudoku, mikadu, terços ou tercenas ou qualquer outro hobby em vez de comentarem a vida e a felicidade dos outros)

25 setembro 2008

Ai a verdade...


Durante as celebrações do 4 de Julho, dia da Independência dos Estados Unidos da América, Bush confidenciou ser: «presidente de um grande país com... 300 habitantes» (!)


Bolas... esta até fez mossa no meu estômago, não estava à espera de uma verdade tão... nítida... XD LOL Mas afinal a verdade é como o azeite, não é? Vem sempre ao de cima...




PS: Ai perdão... não quero nada com os que não defendem a liberdade.

BE: Confesso que não estou surpreendido, e vocês?

24 setembro 2008

Jonathan Rhys Meyers

A pedido de algumas famílias que nunca fazem comentários no meu blog (-.-') fica aqui este lindo.


Yup. Guapísimo!

Stop Global Warming



Não preciso de dizer mais nada, pois não?

Music SQuaRe: Built to last | Melee



I've looked for love in stranger places,
but never found someone like you.
Someone whose smile makes me feel I've been holding back,
and now there's nothing I can't do.

'Cause this is real, and this is good.
It warms the inside just like it should,
but most of all it's built to last.

All of our friends saw from the start.
So why didn't we believe it too?
Whoa yeah, now look where we are.
You're in my heart now.
And there's no escaping it for you.

'Cause this is real, and this is good.
It warms the inside just like it should,
but most of all it's built to last.

Walking on the hills that night with those fireworks and candlelight
You and I were made to get love right

'Cause this is real, and this is good.
It warms the inside just like it should,
but most of all it's built to last.

'Cause you are the sun in my universe,
considered the best when we've felt the worst
and most of all it's built to last.

23 setembro 2008

O regresso ao império dos mares

Portugal é, a partir de hoje, o primeiro país do mundo a produzir, a sério, electricidade a partir das ondas. Há muitos protótipos em teste em vários pontos do globo. Mas o parque das ondas da Aguçadoura, que é hoje inaugurado ao largo da Póvoa de Varzim, é pioneiro na produção eléctrica numa escala pré-comercial, a partir de equipamentos produzidos industrialmente.
Assim, Portugal toma a dianteira dos países mais inovadores em termos de energias renováveis. O parque tem 3 máquinas Pelamis - desenvolvidas por uma empresa britânica que apresenta dois projectos em desenvolvimento no Reino Unido, contudo em fase precoce quando comparados com o da Aguçadoura.
A energia fornecida pelo Pelamis é da ordem dos 2,2 MW e trata-se, por isso, de um projecto com capacidade para abastecer cerca de 15 000 famílias. O número pode significar pouco, mas é na realidade, uma tradução da inovação e sofisticação renovável que Portugal atingiu. Contudo, ainda há um longo caminho pela frente se nos quisermos manter no topo dos topos. Para já, o governo socialista prevê o investimento em mais 25 máquinas de energia das ondas. E reforça a continuidade dos investimentos em energia eólica, hidráulica e solar.
A par e passo há 2 grandes «senãos»: o primeiro é que a eficiência energética em Portugal é baixa, somos pouco aproveitadinhos e a rede podia estar mais bem organizada e, segundo, o governo continua a investir na indústria petroquímica instalada no porto de Sines.
Agora um recado para os líderes mundiais, há 15 anos era reduzidíssima a percentagem de energia consumida em Portugal cuja fonte era renovável. Na actualidade 40% da energia que consumimos nas nossas casas é de fontes renováveis. Tendo em conta que Portugal não é um país economicamente rico, fizemos desde há 15 anos um esforço notável. Assim do que é que estão à espera??

22 setembro 2008

Dia Europeu sem Carros

Pois é, hoje foi um dia europeu sem carros, onde certamente notaram que havia muito menos trânsito, as pessoas saíram à rua e as autoridades locais inauguram novas ciclovias e pistas para peões. Isto, se este fosse o país que inovasse à rapidez dos discursos dos políticos. Assim, contento-me já com umas avenidas encerradas e engarrafamentos noutras. Faz tudo parte das políticas ambientais: «Já que não conseguimos tirar os condutores das ruas, chateamos-lhes as cabeças com engarrafamentos». Realmente, uma verdadeira política de se lhe tirar o chapéu...
(Realmente, nalguns casos, talvez fosse melhor ficar em casa... =P)

Chegou o Outono


Chegou o Outono, as roupas mais quentes, o guarda-chuva e todos os adereços e afins importantes (ou não) da estação. É tempo de chuva e de tempestades. Oh como eu adoro o Outono... e o seu maravilhoso tempo de recolhimento, quando voltamos ao calor da casa depois de um dia frio. O interior, a perspectiva das coisas, parece mais próximo e subtilmente transcendente.


Feliz Outono! ;)

21 setembro 2008

Ya sabes el porqué!

Bom, conheci este suposto anúncio através do Luso e agora não me sai da cabeça o raio da música... Desesperante, não? XD



Weno... !genial! ?no? XD

20 setembro 2008

E eu? Não tenho direito a ser igual?


Surpreendentemente se falou e (pouco) no casamento homossexual durante estes últimos dias, desde que se agendou para o dia 10 de Outubro a votação parlamentar sobre o assunto. E, em efeito, não consigo perceber como ele foi tão pouco debatido (provavelmente uma questão de minutos). Também não consigo entender a fraca cobertura que todos os jornais online ou canais de televisão lhe deram. Sendo que, estes últimos, empurraram o assunto para o finais do telejornal - onde o share é menor do que aquando da abertura dos respectivos programas de informação. Pareceu-me que até os comentadores engoliam em seco antes de pronunciarem a palavra 'homosseuxal' ou 'gay'. Teriam eles medo de que, por acaso, ao pronunciar esssas mesmas palavras com franqueza sejam acusados de homossexualidade? Honestamente, foi o que me pareceu. De qualquer das maneiras é bom que o tema comece a ser abordado de algum jeito e que algumas das nossas figuras públicas comecem a fazer disto um tema corrente na sociedade. E agora parece que surgem umas aves raras a pedirem um referendo sobre o assunto.

O ponto está é que os gays, ao contrário das mulheres, não são uma maioria (digamos, um 50:50) da população. Referendar-se-ia o destino de uma minoria aos olhos do estado? Parece-me discriminatório. Daquelas coisas surreais. O mesmo que pedir a toda a Espanha para referendar a independência do País Basco... Odd!


Eu, pessoalmente, acredito na estratégia do PS - não podem aprovar um projecto tão polémico como este numa sociedade conservadora, sem realizarem a devida preparação social para o tema. Portanto, tratando-se de uma resolução de uma inconstitucionalidade séria, é também um tabú profundíssimo no país (e, por isso, requer um salto progressista - perigoso para quem quer ganhar eleições). Mas o que mais me revolta são certas secções 'alegres' da esquerda que se quer conservadora para agradar a velhos (!bem conservadores!) e que, bem assim, vai para a Atalaia da Amora, abanar o capacete ou as marijuanas, mas 'Deus' me livre e perdoe se afirmar que protegem o casamento entre duas criaturas do mesmo género.


[O cúmulo é depois os mesmos virem dizer que o PS foi quem tirou mais ao 25 de Abril, quando a dita igualdade ainda não chegou a todos... afinal a revolução foi só para alguns portugueses ou foi para todos?]
Até à próxima legislatura, não me parece muito tempo, e digo-vo-lo muito sinceramente é preciso criar condições na cabeça das pessoas para temas sensíveis como este. Se o tema da IVG demorou perto de uma década até ser digerido pelas pessoas, não podemos esperar da noite para o dia a criação de condições para aceitação total do casamento homossexual. Especialmente quando se vive em Portugal. Há quem, contudo, afirme que poder-se-ia (eventualmente) começar com a legalização e esperar que a sociedade evolua (conforme-se) como aconteceu em Espanha. Acontece que nós não somos espanhóis...

Assim, fico aqui quieto a pensar o que custa tanto aos homens a igualdade? Insultos, agressividades à parte, vejo que uma ténue fronteira passa entre a razão e o estado animal. Saberão as instituições democráticas responder à civilização e à 'sofisticação' dos tempos? Certamente. Quando? Só o tempo o dirá.




PS: Por vezes penso mesmo que este tema além da obviedade da sua resolução é uma pequena parte da resolução da Revolução dos Cravos. E eu quero viver, experienciar, para poder contar aos meus netos, a passagem da noite para o dia...

19 setembro 2008

As horas da noite

É noite e o meu coração acorda sobressaltado por não te encontrar abraçado a mim, nem a meu lado, nem encontrar (ainda que por dúbios caminhos) a presença da razão. Por que não te consigo abandonar, esquecer? Por que razão, maravilha inexplicável de um capricho divino, não me libertas a minha mente do teu penoso silêncio? E, assim, passam os dias sem nada dizeres e passam mais que os dias as horas em que continuo, na minha vagarosa e mordida, esperança, esperando-te. Sossegado, diziam eles. Sossegado como um pássaro livre na madrugada viria o amor, mas parece que o que veio, até então, foi a geada e a leve resignação dos corpos. Não me leves a mal, amor, não te estou a abandonar, nem colhi do ser da noite a resignação que o meu coração tão esperava. Mas heis que tu chegaste (e acreditando nisso) trespassaste de memória os meus sentimentos e toda a alegre e leve constituição do meu ser. Pois tu chegaste mais uma vez no éter dos sonhos e tudo não passou disso e de poesia.

Music SQuaRe: Believe | Dido



O novo álbum da Dido está prestes a chegar até às lojas, mas esta nova música promete bastante. =)

11 setembro 2008

I'm yours, Jason Mraz



A boa onda da música com Jason Mraz... também não escondo que esta música traz-me muito boas recordações. E é imprescindível um sorriso quando se a ouve.

10 setembro 2008

I saw you then u saw me

No sábado passado estava eu à espera do autocarro no terreiro do paço quando reparei num rapaz que também estava à espera do (mesmo) autocarro. Olhei pelo canto do olho e vi que era girinho (lol) t-shirt roxa e óculos aviador, moreno, cabelo escuro... what a man lol. Entrámos para o autocarro - eu, entretanto, tinha sobrevivindo a uma pancada de bunda que uma gaja mt aflita para lá me deu - vejo que ele se aproximava de mim (que estava encostado naquela parte articulada dos autocarros) sorri e corei - como é tão típido. E eu abri o livro (estava a corar tanto) fingi que comecei a ler... como era óbvio (im no saint) não estava. Saímos no mesmo local e ele andou e eu andei, perdemo-nos na multidão. Antes havia-me parecido que ele falava ao telemóvel e sorria enquanto falava, com certeza deve fazer alguém muito feliz - surpreendentemente, pensar nisso, pôs-me feliz também.
No dia de hoje, enquanto andava de bicicleta aqui na minha cidade tão azafamada em obras reparei numa figura (era ele outra vez! *morri* lol não...) olhei para ele, ele olhou para mim sorriu, sorrimos. E haverá dúvidas quanto à sua orientação sexual? Bem, eu não sou discriminador, mas quando se anda com um lenço rosa ao pescoço está-se, pelo menos, bem certo do que é... não digo nada mais... (a não ser que vinha com uma t-shirt branca e os seus óculos fantásticos... wow ok finito!)
PS: À primeira, não foi, à segunda, tão pouco... mas à terceira... talvez vos tenha uma história interessante para vos contar=P - hey! como por exemplo? Um café... ou algo assim;)

09 setembro 2008

Quando estas ruas se convertem em contos

Ainda me lembro daquele frio Novembro, e era nele a cidade de Lisboa, que com a sua inconfundível luz branca, subtilmente dispersa, onde dispersava eu a imensidão do meu pensamento. Caminhava para o castelo tão recto e orientado sobre si mesmo no topo da colina. Todas as ruas eram um labirinto de casas e de pessoas, cabendo em cada uma história, que por ser profusamente vivida, não descrita, se tornava particularmente especial. A rua que sobe desde o miradouro de São Vicente de Fora, perto da Igreja dos Cavaleiros da Ordem de Malta é particularmente representativa disto que vos conto. Mas ainda era naquela tarde solarenga que o sol se escondia por entre os azulejos portugueses e as pesadas ramagens verdes das árvores e as pessoas recorriam à sua rotina sobradjacente às necessidades desse mesmo quotidiano. De modo particular, lembro-me de uma lua estampada entre o Tejo e a cidade; branca, tão imóvel, tão fria como um gesso, magnífica fora a sua presença que de entre todas as presenças esta era a certa para preservar em minha memória o significado da tarde. Percorri as estreitas ruas até que encontrei o castelo preservado como um elemento integral da cidade, mas tão imenso que parece ser a cidade o elemento integral da sua estrutura. Creio que após viver estes anos em Lisboa, a resposta a esta questão põe-se-me ridícula e desnecessária - e se querem que admita, não tem muito a haver para o caso. E bem que entrei numa casa perto do castelo e virei-me de costas encontrei um moço de cuja figura não me posso esquecer.
Alto, moreno, olhos claros, trazia - apesar do ar frio do doce Novembro - uma camisa de cavas. Então, como um capricho do destino, o tempo parou, afunilou-se, alongou-se e, simultaneamente, tornou-se leve e simples. Tão simples que bastou um olhar comum para que houvesse, ainda que com efemeridade, algo ali. E ele continuou a olhar e eu continuei a olhar esqueci-me de grande parte do que aconteceu nesse dia, pela ordinariedade do quotidiano. Mas isto decorrido, não pude esquecer.
Mas a família esperava, aguardava a minha presença, eu não podia, não queria ir, ele detinha-se. Que sentido, que desgraça! Esta tragédia que é o espaço vivo do meu coração.
Queria trazer algo palpável, a liberdade talvez. Hoje o que vos conto é o pedaço desses segundos da minha vida que aconteceram perto do Castelo da preciosa cidade de Lisboa. E, ainda hoje, quando passo o dito local, o meu coração, o olhar aceleram-se e escorrem-se para esse espaço. 'Porque sou como uma onda no mar, o céu azul infinito ninguém me pode prender'. Que doce Novembro, em que a Lua ia baixa sobre o Tejo e os pinheiros balançavam sua dança milenar de milhares de vozes prometendo essa tão esperada liberdade.

07 setembro 2008

O 'Gay' Leão

Afinal ele não queria ser bem rei...

Me is back!

Estou de volta para todos para os amigos, para os que me querem bem e para os que me querem menos bem... As férias terminaram e agora voltaram as aulas (bem ainda não) mas pelo menos conto em actualizar o blog... nem que seja para fazer concorrência a uns feiosos que pensam que sabem fazer blogs (Luso não é para ti!). Vá fiquem bem e comentem;)

Abraços.